Brasil estende para sete meses a cobertura do seguro desemprego

O Governo do Brasil aprovou hoje estender a partir dos atuais cinco até sete meses o prazo de cobertura de um seguro de desemprego a trabalhadores que perderam seus postos, informou o ministério do Trabalho.

A decisão foi tomada pelo chamado Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), durante sua reunião de hoje, informou o ministério do Trabalho.

Diferentes setores econômicos do Brasil aprovaram hoje estender a partir dos atuais cinco até sete meses o prazo de cobertura de um seguro de desemprego a trabalhadores que perderam seus postos, informou o ministério do Trabalho.

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Codefat, composto por representantes de vários ministérios, das centrais sindicais e de organizações empresariais, administra esse fundo que se nutre com as contribuições dos trabalhadores e empregadores.

O ministério explicou em um comunicado que serão identificados os setores da economia onde haja uma maior perda de postos de trabalho, para determinar as próximas semanas, que teriam direito ao benefício de até sete meses de seguro.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, explicou aos outros membros do Cadeg que o Governo está preocupado com a perda de postos de trabalho registrada nos últimos meses, “devido à crise mundial”, segundo a informação.

Os dados oficiais já apontam que as maiores perdas de emprego no Brasil foram registradas nas indústrias de mineração, metalúrgica, material elétrico, comunicação, transporte, papel, têxtil, calçados e construção civil, entre outros.

Somente em dezembro foram perdidos 655.000 empregos formais, segundo os dados do ministério.

O Conselho também aprovou a criação de uma linha de crédito de 200 milhões de reais (cerca de 90 milhões de dólares) para financiar o capital de giro de empresas que revendem carros usados.

Todas as medidas financiadas com recursos dos fundos dos trabalhadores terão como contrapartida a manutenção dos empregos, afirmou o ministro.

A revenda de carros usados permitirá preservar 600.000 empregos diretos e indiretos, disse Lupi à jornalistas.

Os recursos serão destinados às micro, pequenas e médias empresas do setor de carros usados, com um teto financiável de 200.000 por empresa (cerca de U$ 90.000), prazo de financiamento de 24 meses e taxa anual de juros de 11,20% (quase a oitava parte da vigente no mercado entre os bancos comerciais).